GQ Brasil

ENCONTROS E CONEXÕES

Para o diretor criativo expert em eventos Carlos Pazetto, o futuro do setor no pós-pandemia tem a ver com emoção e grandes experiências

TEXTO ISABELA YU

Na mitologia egípcia, a figura do escaravelho representa renascimento e renovação. Não à toa, o símbolo se manteve presente nas duas décadas de história da empresa especializada em eventos de luxo Pazetto Events Consulting. Hoje em dia, além de aparecer na logomarca atualizada do grupo, a imagem também representa o momento em que a equipe vive. “Realmente tiramos uma casca velha e estamos com pensamentos mais empáticos e criativos”, garante Carlos Pazetto, fundador e diretor criativo. Ao lado dos sócios Marcos Augustinas e Zanza Pazetto, o empresário está pronto para trabalhar com as novas oportunidades que estão surgindo com o avanço da vacinação contra a Covid-19 no mundo e a retomada gradual das celebrações.

O mercado de eventos foi um dos que mais sofreu com as restrições impostas pela pandemia. Sem aglomerações permitidas, o setor parou suas atividades logo no início da crise e será o último a fazer seu comeback total. O momento, porém, já tem gosto de recomeço e as atuais comemorações possíveis refletem isso: diferentemente de há quase dois anos, qualquer reunião de pessoas segue protocolos oficiais de saúde para garantir a segurança — e é justamente esse comportamento que tem possibilitado uma volta pouco a pouco ao ritmo anterior. “As pessoas entenderam o que está acontecendo e querem nos ajudar a voltar a trabalhar rapidamente, mas as coisas não são mais como eram. Estão e estarão melhores”, afirma Pazetto. Segundo ele, a criatividade vem sendo usada sobretudo a favor da emoção porque, antes de mais nada, eventos são e não deixarão de ser possibilidades de encontros e conexões.

Atualmente, após o período mais intenso de isolamento e distanciamento, é possível, ainda segundo o diretor criativo, notar no ar um desejo por experiências sensoriais ou mesmo exuberantes. “Digo que esta fase representa uma era monumental, uma procura poética pelo divino, dramático e grandioso.” Para onde as marcas devem mirar, então, agora e no futuro? “Entre tantas desigualdades e incertezas, quem conseguir se expressar de forma mais genuína e emocionante vai falar diretamente com o desejo do consumidor”, explica.

De fato, o momento pediu que as empresas repensassem estratégias, buscando entender as complexidades de seus públicos. “Creio que as marcas vão firmar um diálogo emocional com seus clientes. Como tornar essa voz mais forte e legítima? Com uma concepção mais humana de todos os processos. Falemos de produtos ou de serviços, a busca deve ser por um mundo mais belo e harmonioso", diz Pazetto, que garante sentir-se pronto para viver esse momento, inovar e fazer diferente. Munido de referências e ideias, conta viver um auge criativo como nunca antes em suas duas décadas de profissão: “Nossa criação está a todo vapor. Temos conseguido resolver problemas com um terço do tempo porque estamos trabalhando há meses no reconhecimento desse novo mercado”, pontua.

PROMO

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2021-11-10T08:00:00.0000000Z

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https://gqbrasil.pressreader.com/article/282351158014188

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