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PISTAS X STORIES À LUZ DA VELOCIDADE

O pai tinha três empregos; a mãe trabalhava 14 horas por dia em salão de beleza — e Paulo André viu no esporte a chance de mudar a vida da família. Brilhou na pista e na TV, e hoje ganha em um story mais de seis vezes o salário de atleta

TEXTO ALVARO LEME | FOTO E ILUSTRAÇÃO PEDRITA JUNCKES

Ele chegou com seu 1,87 metro de altura, tranças recém-feitas e uma jaqueta Balmain que pesava 10 quilos. Foi um dos mais fotografados da noite — a quantidade de flashes pareceu transformar a noite em dia por um momento. Assim foi a passagem de Paulo André Camilo pelo Baile da VOGUE, em abril deste ano, três dias depois da final do "Big Brother Brasil 22", programa do qual saiu vice-campeão. A pose vitoriosa para os fotógrafos escondia algo com que todo mundo pode se identificar: a insegurança diante de uma situação nova. “Estava mais nervoso do que costumo ficar quando vou correr”, diz o esportista. “Nas Olimpíadas, sei o que vou encarar. Ali não”, complementa.

A cena acima representa o início de uma bem-sucedida vida de celebridade para um cara que começou seus corres ainda criança. Tinha 10 anos quando deu os primeiros chutes no futebol, esporte que trocou pelo atletismo aos 14, influenciado pelo pai, o ex-velocista Carlos Camilo, que também é seu treinador. Dali em diante, foi tudo muito rápido. “Em um ano, já virei destaque nacional”, conta PA, como é chamado pelos fãs do reality que mudou sua vida. Treinava de três a quatro horas por dia, viajava para uma série de competições e terminou o ensino médio com muito suor — ele se define um estudante “feijão com arroz”, sua maneira de dizer que fazia o básico nas aulas.

A família se mudou de Santo André, na Grande São Paulo, para Vila

Velha, no Espírito Santo, quando ele tinha menos de 2 anos de idade. “Meu pai acordava às 5 da manhã, tinha três empregos e chegava em casa às 2 horas. Minha mãe entrava no salão de beleza às 8 e ficava até as 22. Vi no esporte a chance de mudar nossa história”, afirma.

Hoje com 23, tem no currículo uma semifinal olímpica (em Tóquio, no ano passado), é campeão mundial de revezamento 4 por 100 (em 2019) e tem como recorde pessoal nos 100 m o tempo de 10s02. Apesar de toda essa trajetória, Paulo era desconhecido da maior parte do público até passar pelo reality, o que se refletia também nos rendimentos mensais. “Com a pandemia, deixei de ganhar com competições.”

Estima-se que, somados os benefícios e os incentivos a esportistas, seu rendimento era de cerca de R$ 8 mil mensais antes do programa — valor que parece modesto diante dos R$ 500 mil que faturou durante o confinamento e mais ainda diante da perspectiva de cachê pelos trabalhos como influenciador digital. Sua passagem pela televisão fez seu Instagram saltar de 78 mil para 10 milhões de seguidores, o que lhe permite cobrar pelo menos R$ 50 mil para divulgar produtos nos seus stories, segundo médias de mercado (valor que ele não comenta). “Toda grife quer alguém como ele: cool e bonito, mas que não venceu só pela beleza. Ele representa uma masculinidade que é segura e, por isso mesmo, não ostensiva”, diz Ana Lúcia Zambon, criadora da agência Tastemakers. Há ainda o patrocínio da Nike, cujo valor é mantido em sigilo, e o trabalho como modelo, já que PA agora é agenciado pela Way Model, responsável por nomes como Sasha Meneghel e Carol Trentini. “Ele tem potencial para ser como as irmãs Venus e Serena Williams, que se destacam em grandes campanhas sem se descuidar da atividade no esporte”, afirma Anderson Baumgartner, seu agente da Way.

Conciliar as duas atividades é justamente o quebra-cabeça que Paulo André terá de solucionar. De um lado, existe o sonho de uma medalha olímpica nos Jogos de Paris, em 2024 — ele diz que não tem conseguido treinar em alto rendimento, mas que segue com a rotina de musculação e atividade aeróbica —, de outro, a chance de usar a visibilidade obtida no programa para consolidar seu patrimônio. Ambas oportunidades que ele quer tocar em paralelo. Justamente por isso, diz não ter tempo para relacionamentos; durante o confinamento, envolveu-se com a influencer Jade Picon. “Sou devagar, mano”, desconversa. Independentemente do caminho escolhido, a única coisa de que não abre mão é garantir o futuro do filho, batizado também de Paulo André. O bebê é fruto da relação com Thays Andreata — os dois não estão juntos, mas são amigos. “Quero construir um império para ele.”

Éfato: todo fashionista guarda no closet aquela peça que resgata uma série de lembranças. De tempos melhores, de dias ensolarados, de um lugar especial ou de uma pessoa que marcou a vida. Jonathan Azevedo tem três: um macacão da The Paradise, que ganhou de presente em sua estreia nas passarelas; a camisa do Sabiá, personagem que interpretou na novela A Força do Querer e foi puro sucesso; e sua camisa do Flamengo. “Meu manto. A primeira camisa do Mengão que comprei com o fruto do meu trabalho. Vi meu time ganhar muitos títulos com ela”, relembra.

Para garantir que esses itens o acompanhem por muitos anos, Jonathan não abre mão de um cuidado especial com suas roupas, sejam elas as relíquias, sejam elas as companheiras diárias de sua rotina atarefada. Veio daí o convite para estrelar a campanha #RoupaSemDataDeValidade, da

Electrolux, empresa global líder em eletrodomésticos que transformam a vida das pessoas para melhor. A marca sugere aos consumidores uma reflexão sobre a importância de cuidar bem das roupas para que elas durem mais, afinal, não existe moda sem um olhar sustentável.

A relação do ator com esse mundo começou cedo. “Minha mãe diz que sempre gostei de escolher minhas próprias roupas. Adorava usar botas e não saía para nenhuma festa com a minha família sem ter um bom look”, revela. Já adulto, usa as roupas para contar sua história: de onde veio, por onde passou e, principalmente, aonde quer ir. “Meu interesse cresceu na medida em que vi o quanto a moda poderia comunicar.” Definir seu estilo pouco importa para Jonathan: ele gosta mesmo é de usar a volatilidade da moda a seu favor. “Sempre que vejo uma possibilidade de ir além, não só com a moda, mas como pessoa, eu abraço”, disserta. “Meus olhares para o mundo conversam muito com as roupas que uso no dia a dia, então meu estilo muda de acordo com o que eu sinto.”

Foi com dona Sildeia dos Santos Azevedo, sua mãe, que Jonathan aprendeu sobre cuidado. “Sempre gostei de sentar no chão, e também de vestir branco. Minha mãe me ensinou a nunca sentar com a roupa em contato com o chão, e sim buscar um pedaço de papelão ou me apoiar em cima do sapato mesmo.” Agora, Jonathan soma a isso à nova linha de máquinas de cuidar da Electrolux.

Altamente revolucionária, Perfect Care trata dos tecidos para que durem por muito mais tempo, o que inclui uma ajuda contra manchas: a tecnologia Vapor System remove até 14x mais as manchas brancas das roupas, e também elimina até 99,9% de germes e bactérias, mantendo as peças higienizadas, prioridade nos dias atuais. Já os Jatos Poderosos mantêm as roupas limpas e cuidadas com até 50% menos desgaste e até 35% menos desbotamento — e ainda economizam até 50 litros de água por lavagem. Chique e sustentável!

LIFESTYLE

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2022-06-10T07:00:00.0000000Z

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